quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A mídia e a publicidade

           Questão polêmica:

          A mídia e a publicidade são responsáveis pela busca de uma imagem padronizada de beleza?
          A mídia em geral – a televisão, os jornais, as revistas ou a internet – possui enorme penetração em todas as classes sociais. Há quem afirme que a mídia e publicidade acabam divulgando modelos de como as pessoas devem se vestir ou como devem ser fisicamente para serem consideradas “bonitas”, ou seja, divulgam um padrão estético de beleza.


ARGUMENTOS DO SIM

          AUTORIDADE
          Atendi muitas pessoas que ficaram doentes ao tentar ficar parecidas com uma modelo; penso que a ênfase no culto ao corpo existente na publicidade tem boa parcela de responsabilidade nisso.
         Fonte: Helena Rodrigues, psicóloga, especialista em problemas decorrentes do culto ao corpo


          EVIDÊNCIA
          Em 2003, mais de 500.000 cirurgias plásticas foram realizadas no Brasil. Mais da metade foi feita com fins estéticos, na busca de atingir o padrão de beleza idealizado e divulgado nas novelas e propagandas.
          Fonte: Evanildo Pinheiros, cirúrgião plástico.

    
          COMPARAÇÃO
          As pessoas não se dão conta do poder da mídia. Assim como ela pode influenciar a população para votar em determinado candidato, pode também ditar como as pessoas devem ser fisicamente.
          Fonte: Elisângela Cardoso, dermatologista.


          EXEMPLIFICAÇÃO
          Nos anos 1970, a série de televisão Os amigos da moda lançaram as famosas calças “bocas de sino”. Depois de uma semana, as calças bocas de sino estavam esgotadas em todas as lojas do país.
          Fonte: Mariana Leme, consultora de moda.


          PRINCÍPIO
          A mídia passa a ideia  de que a pessoa que não tem um corpo bonito e bem tratado é descuidada e relaxada.
          Fonte: Anita Portugal, atriz.


          CAUSA E CONSEQUÊNCIA
          Se as pessoas não atenderem aos padrões estéticos divulgados pela mídia, terão mais dificuldade em arrumar um trabalho ou ser aceitas socialmente.
          Fonte: Jorge Luís, estudante de direito.
 

ARGUMENTOS DO NÃO

          AUTORIDADE
          Sou de opinião que as pessoas que se deixam guiar por um padrão de beleza divulgado pela mídia não confiam em si mesmas; por isso a responsabilidade é delas e não da mídia.
          Fonte: Felipe Ribeiro, especialista em psicologia comportamental, no programa telivisivo Mídia. 


          EVIDÊNCIA
          Dados comprovaram que os índices de obesidade da população estão aumentando. Se a pressão da mídia para que as pessoas tenham um corpo magro fosse tão forte quanto dizem, isso não estaria acontecendo.
          Fonte: Ângela Afonsino, clínica-geral, em artigo para revista médica. 


          COMPARAÇÃO
          Da mesma forma que não é possível convencer toda a população a parar de fumar, a jogar lixo na rua ou gastar menos água, a mídia também não tem poder de determinar como uma pessoa deve ser ou se apresentar.
          Fonte: Mário Ferraz Marcolino, jornalista.


          EXEMPLIFICAÇÃO
          A publicidade também usa modelos que mostram diferentes tipos de consumidor. Veja o caso da Joana Pimenta, que usa manequim 44 e mesmo assim está na nova propaganda da calça ZYL. Ela está muito acima do manequim 36, padrão nos comerciais.
          Fonte: Isabel Carleto, modelo brasileira.


          PRINCÍPIO
          São poucas as pessoas que se guiam pelos padrões de beleza veiculados pela mídia, pois quem tem opinião pessoal forte e um pouco de bom senso não precisa disso.
          Fonte: Gislaine de Brito, modelo brasileira.


          CAUSA E CONSEQUÊNCIA
          Se as pessoas não possuem força de vontade e disposição para mudar seu estilo de vida, não vai ser a mídia ou a publicidade que vai fazer isso por elas.
          Fonte: Guilherme da Silva, estudante de moda.  

         Fonte: Olimpíada de Língua Portuguesa, Jogo Q.P. Brasil, Manual do Professor

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